quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pela 1ª vez no Brasil, polícia apreende CDs de DJ por pirataria


DJ residente da Club Lotus, uma das principais casas noturnas de Cuiabá (MT), Elton Cotrin teve o laptop, a pasta de CDs e hardware da marca Serato apreendidas por agentes da Polícia Federal enquanto discotecava sob acusação de estar usando material pirata. A polícia mandou parar o som e acender as luzes. Em seguida, o DJ foi levado de camburão para a delegacia. O fato aconteceu por volta da 1h do último sábado (17).É a primeira vez no Brasil que se tem notícia deste tipo de ocorrência. Já em países europeus como Itália e Portugal, há vários registros de ações semelhantes da polícia.Os agentes federais teriam ido ao local para averiguar as condições da segurança, mas aproveitaram a ocasião e abordaram o DJ, recolhendo o material por supostas irregularidades. Também foram para a delegacia o dono do clube, seguranças e um funcionário do caixa, todos de camburão, cena presenciada por centenas de pessoas que se aglomeravam na porta da Lotus.Segundo justificou o delegado Erick Blatt ao site Olhar Direto, "se você baixa uma música na internet sem o pagamento de direitos autorais para o autor você sabe que está infringindo a lei, além disso a música estava sendo tocada na boate para fins comerciais o que caracteriza o uso indevido de propriedade intelectual".Karina Nogueira, promoter do Club Lotus, disse que os agentes não fizeram nenhuma verificação para saber se o material do DJ estava de acordo com a lei. "Eles apreenderam tudo e acabaram com a festa".Procurado pela reportagem, o delegado Erick Blatt disse que o material de Elton Cotrin não foi apreendido, mas sim retirado do local e encaminhado para a sede da PF junto com seu proprietário.Em entrevista ao Virgula, o DJ contou que ouviu na delegacia que "se for para falar que você baixa música ilegalmente, a gente vai ser obrigado a apreender todo material, fazer perícia, porque é pirataria." Cotrin garantiu ao delegado, e confirmou na entrevista, que todo o seu material de trabalho está dentro da lei. "Compro minhas músicas em lojas virtuais como Beatport e também têm várias faixas que são produções de minha autoria", disse.Segundo disse ainda, o delegado nem esperou que terminasse sua explicação e o dispensou porque "o problema não é com você e sim com a casa noturna". O DJ foi liberado, mas seu material ficou retido até o dia seguinte.

Nenhum comentário: